4º Domingo da Páscoa
Act.13, 14.43-52; Ap. 7, 9-17; Jo. 10,27-30
A alegria de morrer com Cristo
O livro dos Actos conta hoje o que aconteceu a Paulo e a Bernabé em Antioquia da Pisídia. Depois de terem anunciado a Boa Notícia de Jesus, vencedor da morte, as pessoas ficaram entusiasmadas, mostrando a sua alegria em seguir Jesus e em ser por Ele libertadas da morte e de todos os males. Mas, uma semana depois, a situação muda completamente: embora os pagãos aderissem com alegria à fé, os judeus moveram uma perseguição terrível contra Paulo e Bernabé. Eles tiveram que fugir para Icónio e, depois, para Listra e Derbe. Aí, as coisas pioraram ainda mais: foram apedrejados e deixados meio mortos (Act. 14, 19). Embora se diga que os Apóstolos continuaram a pregar, felizes por sofrer pelo Evangelho, isso não tira que Paulo, (em 2Cor. 1, 8-9) diga que aqueles acontecimentos o chocaram muito, para além das suas forças. Os discípulos de Jesus são, aqui, alertados para o facto de que “é através de muitas tribulações que se entra no Reino dos Céus” (Act.14,22).
Seguir Jesus não garante sucessos imediatos. De facto, o livro do Apocalipse, apresentando os participantes do banquete das bodas de casamento do Cordeiro imolado, protegidos pela mão do Altíssimo, diz que “eles são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas túnicas no sangue do Cordeiro”. Quem deseja o céu (a felicidade) já sabe o caminho. Não vale a pena tentar outros atalhos mais fáceis.
Seguir Jesus é bonito; a meta da caminhada é maravilhosa; beber na fonte das águas vivas é uma delícia, mas só lá chega quem assume as escolhas do Mestre, quem aceita ser cordeiro imolado, cuja vida é oferecida para o bem dos outros. Ali não há lugar para gente fechada nos próprios interesses. Não basta receber baptismo: é preciso viver o baptismo. Isso é ouvir a voz do Pastor.