3º Domingo do Advento – Ano A
3º Domingo do Advento – Ano A
Is. 35, 1-10; Tg. 5, 7-10; Mt. 11, 2-11
És tu o Messias?
João Batista imaginava o Messias como um novo Elias. O profeta Elias tinha tentado reconduzir o Povo outra vez para Deus e fez isso de forma violenta, matando várias centenas de profetas de Baal, que tinham arrastado Israel para a idolatria (1Re. 18,20-40). Por isso, é também de maneira violenta, com castigos severos, que o Batista pensava que o Messias iria fazer voltar para Deus os pecadores do seu tempo. Ele tinha tentado fazer isso com muitas ameaças. Mas sem grande resultado. Por isso ele diz: “Está a vir quem é mais poderoso do que eu” (Mat. 3,11), como que a ameaçar: haveis de ver o que vos vai acontecer!
João deve ter ficado confuso quando viu que Jesus não usava o machado para cortar o mal pela raiz, não quebrava a cana rachada, não condenava os fracos, não queimava com fogo os pecadores, mas procurava transformar a vida deles e curava as suas doenças: punha os coxos a andar, os surdos a ouvir e os mudos a falar. Isaías já tinha profetizado que essa seria a atuação do Messias (Is.35, 4-6), mas João gostava mais da radicalidade de Elias.
Quantos de nós também não gostaríamos que Deus fosse mais severo com tantos malandros, corruptos, ladrões, assassinos, que tanto mal fazem ao mundo? E ficamos desorientados com a paciência de Deus que, com tanta misericórdia, deixa andar o mundo cada vez pior! Afinal, que Deus é este?
- Tiago anima os cristãos a não desistirem, mesmo se parece que Deus não faz nada para os livrar do sofrimento e da opressão dos poderosos porque, a seu tempo, Ele há-de intervir. Do mesmo modo, de maneira pacífica, os cristãos também devem intervir na sociedade para a mudar e transformar, porque paciência não significa resignação.
Diante dos impacientes, como João Baptista, Jesus mostra que o verdadeiro Messias está ao serviço das pessoas e não desanima perante a maldade delas, mas procura pegar no pouco de bom que elas têm para as animar a entrar num caminho novo. Ele não vem para condenar e castigar: vem como médico, para curar o mal.
Os verdadeiros discípulos do Messias são aqueles que não se limitam a criticar e condenar o mal do mundo, mas se empenham a trabalhar para curar as causas da injustiça e da opressão.