Festa da Sagrada Família

Festa da Sagrada Família
Sir. 3, 3-17; Cl. 3, 12-21; Mt. 2, 13-15.19-23
O Filho de Deus cresce numa família humana
Deus preparou uma família adequada para que o seu Filho, enquanto homem, pudesse crescer harmoniosamente. É na família que todos aprendemos a ser pessoas de bem.
A primeira leitura fala dos deveres dos filhos para com os pais. Mas, como é que um pai pode merecer respeito, se com frequência se embebeda, gasta o dinheiro sozinho e maltrata a família, cria problemas com os vizinhos e não se mostra responsável em nenhum trabalho? Nas nossas comunidades não há muitas situações dessas?
Não basta casar na Igreja para formar um bom casal. É necessário criar espaço para o diálogo sobre as questões familiares, deixar cada um de fazer o que lhe apetece, partilhar os trabalhos, compreender e perdoar as fraquezas um do outro e saber apreciar o que o outro tem de bom. É importante também saber oferecer a Deus o marido, a esposa e os filhos que temos, como fizeram Maria e José com Jesus. Colocando nas mãos de Deus os que nos são queridos, asseguramos o nosso amor por eles.
A comunidade cristã é uma família. Tal como os pais têm tendência a castigar severamente os filhos descomandados, também a comunidade cristã tende a pôr fora os seus filhos que se comportam mal, abandonando-os ao seu descontrolo. Isso não é bom. Bom é oferecer à pessoa fraca um clima de confiança que a anime a vencer as suas fraquezas. É preciso ser fortes nas exigências que propiciam a mudança mas, ao mesmo tempo, usar de muita paciência e acompanhar a pessoa com muito amor, de modo que ela possa reerguer a sua vida. A Igreja deve-se considerar a si mesma como um hospital onde os que já foram curados tomam conta dos que estão convalescentes e a recuperar dos seus pecados e não como um clube de santos que expulsam os pecadores.