Nos tempos do profeta Isaías, quando um marido rejeitasse a mulher, já não podia voltar a recebê-la na sua casa. Ou se um pai expulsasse um filho de casa, ele ficava amaldiçoado para sempre e não podia recebê-lo de novo.
Depois da derrota e destruição de Jerusalém (quando o povo foi levado preso para Babilónia) Israel sentiu que Deus o tinha amaldiçoado e expulso de casa. Por isso a 1ª leitura de hoje começa dizendo: “O Senhor abandonou-me de vez; o Senhor esqueceu-se de mim”. Vejam qual foi a resposta de Deus: “Pode uma mãe esquecer aquele que cresceu na sua barriga”? Afinal, Deus é muito diferente daquilo que nós pensamos!
No Evangelho, Jesus diz que Deus ama tanto os ricos como os pobres. Por amar os ricos é que Jesus procura abrir-lhes os olhos para o perigo que eles correm, agarrando-se ao dinheiro mais do que a Deus. É que o dinheiro pode tornar-se num deus falso (ídolo). Quem ama a Deus acima de tudo usa o dinheiro para ajudar os pobres.
Aos pobres, Jesus aconselha que confiem em Deus e fiquem calmos, nos momentos de dificuldade. Confiar não é um convite à resignação ou à preguiça, mas a pensar com calma o que fazer, sabendo que Deus abençoa os esforços dos que nele confiam.
Ricos e pobres, a viver juntos o amor de Deus, podem-se ajudar muito uns aos outros.