Abraão é chamado por Deus a deixar a sua terra, isto é, a deixar a vida que tinha vivido até àquele dia. Ao entrar para o catecumenado também cada um de nós é chamado por Deus a deixar a vida antiga: corrupção, injustiça, mentiras, bebedeiras, roubo, prostituição, etc. Embora essas coisas não dessem a verdadeira felicidade, sempre davam alguma satisfação. Mas Deus promete uma vida muito melhor, onde o amor a Ele e aos irmãos enche o coração, na vivência da liberdade sobre os vícios que escravizam, a liberdade que dignifica a pessoa.
Durante o catecumenado cada um é convidado a percorrer um caminho de libertação. Como a Abraão, Deus não lhe diz todo o percurso. Vai-o guiando aos poucos. O que importa é estar disponível para ser guiado. No Evangelho ouve-se a voz de Deus: “Este é o meu Filho. Escutai-o”. De facto, Jesus é o guia que nos vai dizendo por onde temos que ir. Ele explica o que Moisés e Elias tinham profetizado e mostra que, para chegar à glória e à felicidade que o seu rosto luminoso anuncia, (a felicidade dos filhos de Deus) é preciso passar pela cruz (a entrega da vida em favor dos irmãos). Esse é o caminho do catecúmeno, para se tornar cristão, o caminho de Cristo.