A caminhada do cego corresponde à dos catecúmenos. O momento que marca o encontro com a Luz é o dia do batismo. É interessante que o cego não vê a Luz (não chega à fé em Jesus) de repente. Primeiro Jesus suja-lhe os olhos (para que reconheça que é pecador e confie naquele que o pode libertar do mal). Só mais tarde, fazendo o que Jesus mandou (a luz nasce da obediência ao Evangelho), ao lavar-se na piscina de Siloé (o batismo), é que começa a ver. Mas ainda não consegue ver tudo. Só depois de ser provado pelas dificuldades que lhe foram criadas pelos chefes do povo e até pelos seus próprios familiares, depois de ser maltratado pelo nome de Jesus é que o cego se prostra diante do seu Salvador, o Filho do Homem (o Filho de Deus que assumiu a natureza humana para a libertar do pecado, pela morte na cruz) e proclama: Eu creio em ti, Senhor!
Caro catecúmeno: Dizer “eu creio em Ti, Senhor” não são palavras para serem ditas da boca para fora. Para veres a Luz tens que estar disposto a deixar-te lavar os olhos, a ver as coisas com o olhar de Jesus (o Evangelho) e a enfrentar com firmeza e decisão as forças que te querem fazer desistir: não deixes que nada te faça desanimar. Então chegarás à Páscoa e verás a Luz em todo o seu esplendor!