Para responder a esta pergunta, o Evangelho de Mateus usa duas comparações: o sal e a luz. Uma das coisas que o sal faz é dar sabor à comida. Neste caso, o sal significa a sabedoria de Deus que dá sentido à vida. O cristão “salgado” aprendeu de Jesus que a vida não acaba neste mundo, mas desemboca na vida eterna. Esta começa já neste mundo, na vida de quem ama.
O sal tem outra função: não deixar que a carne ou o peixe apodreçam. O cristão “salgado” tem a missão de impedir que a sociedade caia na corrupção e nos vícios: imoralidade, ódios, vinganças, violências, ofensas, calúnias… Mas, não é verdade que há muitos cristãos corruptos e metidos nos vícios? Claro! Esses são como o sal que perdeu a força. São batizados, mas não vivem segundo de acordo com a maneira de ser de Jesus.
A outra comparação é a da luz: função da luz é mostrar as coisas. A luz não se vê: faz ver o que está à nossa volta. Dizer que o cristão é luz significa que, nas boas obras que tenta praticar, ele faz ver que o verdadeiro autor delas é Deus, que atua nele. O cristão “iluminado” não atrai as atenções para si, mas para Aquele que trabalha nele. Se as obras do cristão não falam de Deus e não O mostram ao mundo, para que o mundo creia e O louve, é um cristão “apagado”.