“Santo” em hebraico quer dizer “separado”. Deus, no A.T. é chamado “santo” porque é completamente diferente de tudo o que existe. Vive num mundo à parte, no céu, ou no lugar muito reservado do Templo de Jerusalém. Por isso, os Israelitas achavam que, para serem santos, não podiam misturar-se com outros povos e culturas. Tinham que viver separados, para não se contaminarem. No entanto o livro do Levítico já fala de uma santidade que consiste em não guardar ódio nem rancor contra o irmão e em amar o outro como cada um se ama a si mesmo.
Mas, como no Evangelho do Domingo passado, Jesus pede mais aos seus seguidores: não basta amar (não odiar) os irmãos da própria família ou da própria nação. É preciso amar a todos, mesmo os inimigos. Também considera que não é bom punir o criminoso com a mesma violência que ele cometeu (olho por olho, dente por dente), porque violência gera mais violência. Se alguém te bate numa face, não lhe pagues com a mesma moeda. Não respondas. Desse modo a violência acaba ali. Isso é o que significa oferecer a outra face.