IGREJAS FANTASMAS PREOCUPAM RELIGIOSOS EM NAMPULA
Província de Nampula
IGREJAS FANTASMAS PREOCUPAM RELIGIOSOS EM NAMPULA
Os lideres religiosos das diferentes congregações mostram-se preocupados com o aumento de igrejas que têm a função de extorquir os seus fieis usando o nome de Deus.
A preocupação foi apresentada ontem (Segunda-feira) pelos líderes religiosos durante a sessão de auscultação pública da proposta da lei de liberdade religiosa e culto que contou com a presença de 16 diferentes líderes religiosos.
A auscultação pública enquadra-se no processo de quarenta dias de consulta pública lançada pelo Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos que tem por objectivo envolver as confissões religiosas e outras forças vivas da sociedade, no processo de elaboração da proposta de lei da liberdade religiosa e culto, de forma a colher as suas contribuições e subsídios a nível nacional.
Alguns lideres religiosos que falaram à imprensa explicaram que a revisão da lei de liberdade religiosa e culto vai ajudar as confissões religiosas a ter um bom funcionamento, saber respeitar as outras religiões e reduzir o número de igrejas fantasmas que têm a função de roubar a sociedade e não de ajudar a mesma a ter a paz divina (DEUS).
“As confissões religiosas neste momento precisam de uma lei divina que muitos perderam” explicou o padre Pinho dos Santos, representante da Igreja Católica e referiu que muitas pessoas hoje em dia usam as confissões religiosas para tirar dinheiro das pessoas vulneráveis com promessas de ajuda-las na sua vida e depois disso nada acontece.
A representante da Visão Mundial e gestora do distrito de Nacarôa, Mercy Chaledzera, explicou que a revisão da lei de liberdade religiosa e culto deve servir para educar e ajudar as confissões religiosas no processo de mudanças de comportamento da sociedade para um futuro melhor distante de violência doméstica principalmente para crianças.
O Secretário de Estado da província de Nampula, Mety Oreste Gondola, disse que as confissões religiosas têm a missão de ajudar os seus membros a ter um bom comportamento dentro da sociedade e de mante-las distante das diferenças religiosas por Moçambique ser uno e inseparável. (Júlio Assane)