DÉCIMO TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM B
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura: Sabedoria 1,13-15; 2,23-24
Salmo 29 (30)
Segunda Leitura: 2 Coríntios 8,7.9.13-15
Evangelho: Marcos 5,21-43
Tema: Deus nos ensina a amar a vida
Deus ama a vida! Ele quer apenas a vida! “Deus criou o homem e a mulher para serem incorruptíveis. Pelo seu Filho, salva-nos da morte: eis porque Lhe damos graças em cada Eucaristia. Na sua vida terrena, Jesus sempre defendeu a vida, pois afirma que “Eu vim para que todos tenham vida, vida em abundância”. Em Marcos, no Evangelho, há duas cenas que assinalam a defesa da vida: Ele cura, Ele levanta. Ele torna todas as pessoas livres, dá-lhes toda a dignidade e capacidade para viver plenamente. Será que tu sabes firmar diante de Jesus que Ele é a tua alegria de viver?
Vamos celebrar este domingo o Deus apaixonado pela vida. Vamos também nos apaixonar pela vida e defendermos a vida.
O Livro da Sabedoria apresenta o rosto de Deus: Um Deus apaixonado pela. Este anúncio deve ser proclamado com força, porque vem contradizer ideias ainda muito espalhadas, segundo as quais agradaria a Deus fazer morrer o homem. A morte vem de outro, pois “não foi Deus quem fez a morte”. Pelo contrário, Ele cria a vida e dá-la à humanidade, modelada à sua imagem. Ele restaura a vida, quando esta está em perigo de se apagar. Dá a vida quando está perdida, como testemunha o Evangelho deste domingo. Portanto, quando alguém aparece acusando Deus como autor da vida, vamos recorrer a Sagrada Escritura que mostra claramente que nosso Deus é Deus da vida e cuida dela.
Animados pelo Deus da vida, as primeiras comunidades cristãs praticaram a solidariedade e a partilha, não apenas entre os seus membros, mas também entre comunidades. Paulo solicitou-as nesse sentido. Por isso tinha organizado um peditório junto das comunidades que tinha fundado na Ásia Menor, na Macedónia e na Grécia, em favor dos irmãos de Jerusalém que estavam em dificuldades. Esta iniciativa correspondia às orientações da jovem Igreja. Paulo justifica esta acção de partilha pela generosidade de Cristo: esta é modelo para os cristãos e eles próprios já beneficiaram dela.
O Reino de Deus é a vida. Jesus percorre o país para anunciar e estabelecer esse Reino. Ele fala e age. A sua fama espalha-se, porque uma força brota d’Ele, é a força da ressurreição, o Espírito de vida. O Deus da vida o impele para anunciar a vitória da vida sobre a morte.
“Sê curada”. O imperativo de Jesus tem algo de afectuoso para com esta mulher, restaurada na sua dignidade, restabelecida na sociedade que excluía o seu mal. Este “sê curada” aparece também como uma constatação: é a sua fé que a salvou, e Jesus alegra-Se por isso. A cura é consequência da fé, que é sempre fonte de vida e de felicidade. A fé é um remédio muito importante. Por isso vamos pedir sempre que tenhamos o dom da fé quem vem temperar o dom da vida.
“Levanta-te”. Este segundo imperativo do Evangelho deste dia é dinâmico e traduz perfeitamente este louco desejo de Deus em ver o homem vivo, o seu amor incondicional pela vida. “Adormecida”, no “sono da morte”… um estado do qual Deus nos quer fazer sair, um estado do qual Jesus nos salva. “Eu te ordeno: levanta-te”. A palavra evoca a ressurreição, o novo surgir da vida, o amor divino que nos coloca de pé. Jesus pede ao pai da jovem apenas uma coisa: “basta que tenhas fé”. Deus nos tira da morte, do pecado, do mal para que estejamos no seu lado que é por excelência vida e ressurreição.
Jesus lida não só com a multidão mas de forma particular com pessoas concretas. Hoje somos sufocados pela massa, a multidão que exclui, que também sufoca os mais fracos. Jesus nos ensina a dar prioridade os excluídos na sociedade. Nas nossas comunidades, os que têm voz chegam ao nosso encontro a hora que quiserem, mas os pobres não têm ocasião de, pelo menos, nos tocar porque não damos essa chance.
Jesus, Fonte de Vida, nos ensine a cuidar da vida, a valorizar a vida e defender a vida quando está em perigo, nas mãos dos assassinos, terroristas e tiranos.
Compromisso de vida:
Ser sinal de vida e de esperança no meio dos excluídos
Ajudar alguma menina a não cometer aborto
Resistir contra as leis que defendem o aborto
Rezar pelas crianças abandonadas pelos pais e vítimas de guerra.