XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

5/9/2021 – LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura: Is 35,4-7a

Salmo: 145 (146)

Segunda Leitura: Tiago 2,1-5

Evangelho: Mc 7,31-37

Tema: SER PROFETA DE ESPERANÇA E DO AMOR

Neste Domingo, a Palavra de Deus fala-nos de um Deus comprometido com a vida e a felicidade da pessoa humana, obra das suas mãos. Deus está continuamente apostado em renovar, em transformar, em recriar a pessoa humana, com o propósito de fazê-lo atingir a vida plena do Homem Novo renovado em Cristo.

Na primeira leitura, Isaías garante aos exilados, afogados na dor e no desespero, que Deus está prestes a vir ao encontro do seu Povo para o libertar e para o conduzir à sua terra. Nas imagens dos cegos que voltam a contemplar a luz, dos surdos que voltam a ouvir, dos coxos que saltarão como veados e dos mudos a cantar com alegria, o profeta representa essa vida nova, excessiva, abundante, transformadora, que Deus vai oferecer a Judá.

Em momento em que o mundo está a passar muitos problemas, como por exemplo, da pandemia Covid-19, das guerras, precisamos de cristãos com uma visão profética para dar esperança ao povo para superar o desespero e a angústia. Deve haver gente que saiba interpretar os sinais de Deus consolando Seu povo.

No Evangelho, São Marcos relata o cenário no qual Jesus é o cumpridor da profecia de Isaías o mandato que o Pai Lhe confiou: abre os ouvidos e solta a língua de um surdo-mudo. No gesto de Jesus, revela-se esse Deus que não Se conforma quando o homem se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, rejeitando o amor, a partilha, a comunhão. O encontro com Cristo leva o homem a sair do seu isolamento e a estabelecer laços familiares com Deus e com todos os irmãos, sem excepção. Hoje mais que do nunca, é uma urgência a acção e o testemunho cristão que assume a posição de Cristo – sinal visível da presença de Deus no meio do povo. O cristão não se conforma com o sofrimento do outro, mas antes se empenha na libertação dos pobres e excluídos.

Na segunda leitura, Tiago dirige-se àqueles que acolheram a proposta de Jesus e se comprometeram a seguir o Mestre no caminho do amor, da partilha, da doação. Tiago convida aos cristãos a não discriminar ou marginalizar qualquer irmão e a acolher com especial bondade os pequenos e os pobres.

Para os optimistas, os profetas do bem, o nosso tempo é um tempo de grandes realizações, de grandes descobertas, em que se abre todo um mundo de possibilidades ao homem. Embora haja pandemia, há descoberta de vacinas, há solidariedade; alguns países ricos partilham seus bens. Porém, o profeta deve também denunciar os males sem no entanto ser pessimista. O profeta deve apontar o uso abusivo dos recursos naturais verificando-se a eliminação das florestas que trazem consequências do sobreaquecimento do planeta, de subida do nível do mar, de destruição da camada do ozono. Isto é, os males que verificamos, são provocados pelos homens e não se trata de castigo ou abandono de Deus.

O problema da discriminação e da marginalização das pessoas põe-se também – e talvez com maior ênfase nos actuais fenómenos de refugiados e deslocados de guerra e de diversos conflitos e desempregos. O cristão é convidado a denunciar não só em palavras mas dando o exemplo de acolhimento e partilha de bens.

 

Compromisso Pessoal

Olhar os sinais dos tempos e transformá-los em ocasião de profecia.

Ser profeta de esperança para animar os pobres e excluídos.

Incentivar a comunidade cristã a acolher os deslocados e refugiados.

Ser testemunhas do amor de Deus revelado por Cristo.

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