Os conflitos armados em Cabo Delgado destroem vidas humanas e materiais
7 professores foram assassinados, 375 escolas destruídas e cerca de 180 mil alunos foram afetados por conta dos conflitos armados na província nortenha de Cabo Delgado.
Estes dados foram apresentados durante a realização de um seminário da Associação de Estudantes Inovadores e Pesquisadores, havida na manhã desta quinta-feira (28/07), na cidade de Nampula, que teve como tema “Desafios de educação no contexto dos ataques em Cabo Delgado”.
A vice-diretora do Conselho Directivo da Universidade Rovuma, Sónia Duarte, explicou que o seminário acontece após uma pesquisa realizada no Centro de Reassentamento de Corrane, província de Nampula, onde fez um estudo sobre o estado emocional e psicológico dos alunos vítimas do conflito armado.
Duarte disse que o sector de educação registou um elevado número de destruição de edifícios escolares ao nível de 9 distritos da província de Cabo Delgado, tendo deslocado mais de 1600 professores.
Diante desta situação, segundo a vice-diretora, a agremiação e parceiros têm contribuído para ultrapassar a situação.
Por sua vez, o presidente da Associação, Marchal Manufredo, disse que diante da problemática em Cabo Delgado, a agremiação decidiu juntar vários académicos e estudantes pesquisadores para uma possível saída.
A Associação de Estudantes Inovadores e Pesquisadores é uma organização civil apartidária de direito privado sem fins lucrativos, composta por 20 membros de entre estudantes do ensino superior, mestres, professores e doutores.
Por: João Baptista
Germano Mussa Fraha, idoso 102 anos residente na zona de Namiteka, bairro de Muahivire cidade de Nampula, considera que os religiosos devem rezar para o fim dos conflitos Armados na província nortenha de Cabo Delgado.
Idoso que completou em Fevereiro ultimo 102 anos de idade, residente na zona de Namiteka, bairro de Muahivire, cidade de Nampula, foi abandonado pela família e passa por imensas dificuldades no seu dia a dia.
Chama-se Germano Mussa Fraha, e diz que foi abandonado por sua esposa devido a sua incapacidade de praticar atividades agrícolas por conta da sua idade.
Germano vive nesta residência sozinho, sem apoio de ninguém que ao menos possa ajuda-lo a lavar a sua roupa e muito menos preparar uma refeição.
O idoso explica que os seus dias não têm sido fáceis, pelo facto de não ter comida, pois, por vezes recorre a vizinhança para pedir amendoim e mandioca seca para a sua alimentação. ON
Este lamenta pelo facto de apesar de estar inscrito no instituto Nacional de Ação Social INAS, para se beneficiar do subsídio de apoio ao idoso, registar demora na receção do valor, alias, vezes há que passam 5 meses sem ver o subsidio. ON
Farinha de Milho, feijões entre outros produtos, é o que o idoso necessita e pede a pessoas de boa fé no sentido de o apoiarem. ON
A mesma situação do idoso é partilhada pelos seus filhos e netos que residem num outro local que também pedem ajuda. Alias, a nossa equipa de reportagem deparou-se com estes, quando na altura foram visitar a sua biblioteca ON