Diante da situação dos deslocados, ninguém está em paz
Os Bispos Lusófonos visitaram os deslocados de Cabo Delgado, acolhidos no distrito de Rapale, província de Nampula e concluíram que diante da situação em que vivem, ninguém está em paz.
Os Bispos dos países falantes da língua portuguesa que estiveram reunidos em Nampula de 1 a 5 de Fevereiro corrente, foram no último sábado, 04 de Fevereiro, ao distrito de Rapale, para de perto viverem a situação por que passam as mais de 500 famílias deslocadas da vizinha província de Cabo Delgado, fugindo o terrorismo que assola aquele ponto do país, desde 2017.
“Em Rapale, os Bispos católicos tocaram com seus próprios dedos o drama de quem não só perdeu bens, mas também seus familiares e lhe roubaram a própria dignidade, agora vivendo sem voz nem vez”.- disse o Arcebispo de Nampula e presidente da Conferencia Episcopal de Moçambique, Dom Inácio Saure.
Para o Arcebispo de Saurimo e Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe, Dom José Manuel Chipamba, viver a experiência daquelas famílias foi comovente.
Dom Antunes, Arcebispo de Coimbra e vice-presidente da Conferência Episcopal de Portugal, referiu que a situação em que se encontram os deslocados acolhidos em Rapale é dura.
“Procuraremos, como igreja, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance em coordenação com outros organismos, para que aquelas pessoas voltem a viver segundo o que tem direito”. – garantiu Dom Antunes,
Diante a esta situação, os bispos dos países lusófonos concluem que na verdade, ninguém está em paz, nem os deslocados, nem os acolhedores, e, muitos menos os fazedores da guerra.
Por Gelácio Rapieque