Aumentam organismos contra a exclusão da mulher
Crescem no país, accões tendes a inversão do fenómeno de exclusão da mulher nos locais de tomada de decisão a vários níveis.
Ē assim que o projecto mulher e paz, implementado por um consórcio constituído pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade – FDC, pelo Instituto Multipartidário para a Democracia-IMD e pelo Centro Africano para a Resolução Construtiva de Disputas- ACCORD, está a realizar sessões de advocacia que contribuam para a mudança de comportamentos ligados a participação ou envolvimento das mulheres nos processos de resolução de conflitos e construção da paz a todos os níveis.
Falando a Rádio e Televisão encontro, Sheila Mafuiane gestora do projecto mulher e paz, sublinhou que são vários os desafios a enfrentar, pois os problemas estão relacionados com a cultura, ao que é necessário desconstruir a ideia de divisão dos papeis da mulher e do homem.
Sheila que repudia esta construção social, segundo a qual os papeis são determinados em função do sexo, oque em muitos casos impede a participação das mulheres em lugares de decisão, aponta vantagens da inclusão desta camada social nos processos de construção de paz e trás exemplos.
Entretanto, Olinda Mondlane ponto focal da fundação para o desenvolvimento da comunidade – FDC, que também alinha com os desafios do movimento, aponta vários factores que provavelmente estejam a impedir a participação da mulher, como por exemplo o fraco nível de escolaridade, factores culturais, a dependência económica, entre outros.
Olinda garantiu que trabalhos estão em curso nas comunidades com objectivo de inverter o cenário através de mensagens de sensibilização quanto a sua liberdade de voz.
“ Estamos conversando com as mulheres para que participem activamente nessa luta, porque elas também são importantes na resolução de conflitos”.- disse Olinda Mondlane, defendendo ser necessário “fazer alguma coisa que ajude a camada feminina a conquistar os seus objetivos.”
Segundo a fonte, o movimento mulher e paz, foi criado no ano de 2018 numa conferência havida na cidade da Beira, onde foi aprovada uma agenda de trabalho, a qual o presidente da Republica, autorizou para que a mulher trabalhasse em prol da sua liberdade.
Por César Rafael