Humanização ainda é um desafio na classe de enfermagem no país
A componente de humanização continua a ser um desafio na classe de enfermagem em moçambique.
Esta preocupação foi manifestada pela responsável de Enfermagem na Cidade de Nampula, Fátima Jacinta de Carvalho, que aponta a perda da ética e deontologia dos profissionais da área, como fenómeno que enferma essa classe.
De Carvalho acredita que isso deve-se pelo facto de muita gente fazer a enfermagem sem vocação, razão que faz com que exista um plano de se intensificar a componente da humanização nos institutos de Formação de profissionais de Saúde.
Ultimamente, segundo a fonte, e para não ser muito pessimista, algo está a melhorar, com a redução de queixas sobre cobranças ilícitas nas Unidades Sanitárias, mas, defende que há muita necessidade de mudança de comportamento, apesar de ser um processo.
Fátima de Carvalho fez saber que devido a essa preocupação, decorrem formações sobre humanização e mudança de comportamento para todos os profissionais de saúde em exercício, independentemente do cargo que ocupa.
“Essa actividade está a decorrer também em todos os institutos de formação de profissionais de saúde, para permitir que os recém formados estejam alinhados com esse pacote de humanização”.- referiu a responsável da enfermagem na cidade de Nampula, a qual referiu que no âmbito da semana do enfermeiro, será divulgada a “Ética da enfermagem”.
Os parceiros, procuram ajudar o sector de saúde, na consciencialização dos profissionais, na componente de ética e humanização.
Hermenegildo Manuel, facilitador Provincial do programa Potenciar, disse que a humanização não pode ser posta em causa, independentemente da situação laboral dos profissionais de saúde.
“Queremos fazer entender que o próprio enfermeiro, também é utente da Unidade Sanitária e acredito que não gostaria de ser mal atendido quanto estivesse a necessitar”. – explicou.
A fonte partilha a mesma ideia de que a mudança de comportamento é um processo, defendendo porém que os recém formados nos vários institutos, devem assumir a componente de humanização como uma prioridade.
Esses desafios foram lançados por ocasião da semana Nacional do enfermeiro, que culmina com a celebração do dia dessa classe a 12 de Maio.
Por Elísio João