A Palavra de Deus continua viva e eficaz
Durante as apresentações dos temas que vão merecer debate na IV Assembleia Nacional da Pastoral, ficou claro que a Palavra de Deus, por ser viva e eficaz, pode produzir frutos na vida e no coração de cada discípulo.
Apresentando o tema sobre a Palavra de Deus e a Igreja, o Padre Marcos Mubanco, falou da centralidade dela na vida e na missão da Igreja.
Sobre os meios de anúncio da Palavra de Deus, que constituiu um dos eixos, o Secretário Geral da Conferência Episcopal, Padre Salvador Biv, mostrou que para anunciar, urge a necessidade de identificação dos meios, sendo que o primeiro, é a própria palavra de Deus que se faz carne e habita em nós.
Nessa apresentação, o Padre Salvador referiu que outros meios úteis devem ser identificados com clareza, a fim de tornar a vida das pessoas mais consentânea com o evangelho.
Um aspecto a destacar nesta apresentação, e que foi corporado pela assembleia, tem que ver com a necessidade de a Igreja apostar nos meios de comunicação, sobretudo na internet e na Televisão.
Sobre este pormenor, os participantes anotaram que algumas Arquidioceses, com o exemplo da Arquidiocese de Nampula, está a provar que de facto, é importante que a Igreja aposte nesses meios.
Repisaram que o que não aparece na Internet ou noutros meios de comunicação, não existe para os jovens e nas pessoas que acompanham as noticias e os acontecimentos a partir desses meios.
O percurso das Assembleias Nacionais de Pastoral em moçambique, foi um dos assuntos, apresentado por Dom Ernesto Maquenke, onde mostrou que falar da IV Assembleia Nacional, significa um percurso histórico feito pela Igreja.
Foram aqui apresentados quais são os problemas que as anteriores Assembleias procuraram responder e os respetivos desafios.
Os participantes ouviram os testemunhos brilhantes de Dom Januário, o primeiro Bispo de Moçambique e Irma Eduarda, que participaram na primeira Assembleia Nacional da Pastoral, os quais partilharam as suas experiências e a alegria de participarem nesta Assembleia, a IV.
A Leitura da realidade dos sinais dos tempos, tema exposto pela Irma Ester Lucas, que procurou vingar o facto de que antes do inicio de cada percurso ou missão, deve existir um encontro.
Citando as Palavras do Papa Francisco, referiu que é preciso que haja o encontro com Jesus Cristo, porque sem Cristo, não há missão nem caminho de igreja.
Anotou que somos chamados a evangelizar numa realidade muito complexa e desafiadora, exigindo-se que o discípulo encontre-se com Cristo a fim de anunciar a ELE mesmo “O Cristo” que brota no seu coração.
Os outros dias foram reservados para debates em volta da igreja em saída- decididamente missionaria, desafios do mundo digital para a igreja e pra a evangelização, diálogo entre evangelho e cultura, movimentos eclesiais e novas comunidades com enfoque para o desafio das seitas religiosas, pastoral da família, catequese e formação crista, e o cristão e o compromisso social.
Esta IV Assembleia Nacional da Pastoral está a ser vista como uma oportunidade para Deus dar um outro caminho de esperança e alegria a igreja de moçambique e os seus fieis católicos.
Esta visão foi manifestada pelo Arcebispo da Beira, Dom Balazuana, numa homilia, no segundo dia do encontro, o qual disse ser estranho que a igreja esteja ainda a viver a mesma experiência daquela antes da ressurreição de Jesus, onde reinavam duvidas e falta de esperança nos discípulos.
No entender do Arcebispo da Beira, na nossa comunidade, algumas pessoas se apresentam diferentes quando estão na igreja e no posto de trabalho.
No segundo dia da IV Assembleia Nacional da Pastoral, foram debatidos temas relacionados com a Missão, na perspetiva de como dar novo dinamismo a evangelização, Uma igreja completamente missionária, que se coloca ao serviço do evangelho a caminho, anunciando a boa nova.
O Porta voz da IV Assembleia Nacional da Pastoral, Dom João Carlos, Arcebispo de Maputo, esclareceu que o primeiro dia serviu para fazer alinhamento dos 5 eixos temáticos, sendo que os dias subsequentes serão de debates em grupos de trabalho.
Por Elísio João