Leituras dominicais para a Quaresma
17/03/2024: 5º Domingo da Quaresma
Jer 31, 31-34; Heb 5, 7-9; Jo 12, 20-33
Jesus Cristo é a nova aliança
As leituras nos convidam a refletir sobre a nova aliança que Deus estabelece connosco, a obediência de Cristo e a importância de seguir Jesus.
O profeta Jeremias nos apresenta a promessa de uma nova aliança que Deus fará com Seu povo. Esta nova aliança não será escrita em tábuas de pedra, como os Dez Mandamentos, mas será inscrita nos corações das pessoas. Deus promete perdoar os seus pecados e ser seu Deus. Essa promessa aponta para a aliança da graça e da misericórdia que Cristo traria ao mundo.
São Paulo fala sobre a obediência de Cristo, que ofereceu orações e súplicas a Deus com grande clamor e lágrimas. Ele aprendeu a obediência através do sofrimento e se tornou a fonte de salvação eterna para todos que O obedecem. A obediência de Cristo é um exemplo para nós, e Ele é o mediador da nova aliança.
O Evangelho de João narra um encontro de Jesus com gregos que desejavam vê-Lo. Jesus fala sobre Sua morte iminente e a importância de segui-Lo. Ele compara Sua morte à sementeira de uma semente que produzirá muitos frutos. Aqueles que amam suas vidas a perderão, mas aqueles que O seguem terão a vida eterna. Jesus está se preparando para Sua paixão, morte e ressurreição, que serão a realização da nova aliança prometida por Deus.
COMPROMISSO: Somos chamados a refletir sobre a nova aliança que Deus estabeleceu connosco por meio de Cristo. A Páscoa se aproxima, e com ela, a realização da promessa da nova aliança em Cristo. Que possamos nos preparar espiritualmente para celebrar a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.
24/03/2024: Domingo de Ramos
Is 50, 4-7; Filip 2, 6-11; Mc 14, 1 – 15,47
Confiança em Deus
Hoje, Domingo de Ramos, é o início da Semana Santa, um dos momentos mais importantes do ano litúrgico. Neste dia, lembramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e Sua subsequente paixão, morte e ressurreição.
O profeta Isaías nos apresenta a figura do “Servo Sofredor”, que voluntariamente aceita o sofrimento e a perseguição por causa da vontade de Deus. Este trecho prefigura o sofrimento de Jesus durante Sua Paixão. O “Servo Sofredor” confia plenamente em Deus, mesmo em meio ao sofrimento, e isso nos lembra da confiança de Jesus no Pai durante Sua agonia no Getsémani.
São Paulo descreve a humildade e obediência de Jesus, que se esvaziou e se fez servo, aceitando a morte na cruz. Ele é exaltado por Deus e recebe um nome acima de todo nome. Esta passagem destaca a centralidade de Cristo na história da salvação e nos chama a imitar Sua humildade e obediência.
O Evangelho narra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando as pessoas O saudaram com ramos e Hossanas. No entanto, o evangelho também relata Sua paixão e morte na cruz. Jesus compartilha a Última Ceia com Seus discípulos, enfrenta a traição de Judas, a negação de Pedro e o julgamento injusto. Ele é crucificado e morre, entregando Sua vida como um sacrifício pelo perdão de nossos pecados.
COMPROMISSO: Somos convidados a entrar na Semana Santa com humildade e reverência, acompanhando Jesus em Sua paixão e morte. Através da morte e ressurreição de Jesus, somos reconciliados com Deus e recebemos o dom da vida eterna. Que esta semana nos inspire a seguir Jesus com fidelidade e amor em nossas vidas diárias.
SEMANA SANTA
Os três primeiros dias feriais da Semana Santa marcam a preparação mais imediata da Páscoa. A liturgia apresenta os acontecimentos que Jesus viveu nesses últimos dias de sua vida terrena. Tríduo Pascal: segundo as palavras de Santo Agostinho, é o sacratíssimo tríduo do Crucificado, Sepultado e Ressuscitado. Inicia-se com a missa vespertina da Ceia do Senhor, possui seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição. Assim, o Tríduo Pascal é o ápice do ano litúrgico.
Quinta-feira Santa: Ex 12,1-8.11-14; 1Co 11,23-26; Jo 13,1-15
A missa vespertina da Ceia do Senhor, tem como centro a instituição da Sagrada Eucaristia e do sacerdócio, e o mandamento do Senhor sobre a caridade fraterna. Tem como ritos próprios o lava-pés, após a homilia, e a transladação do Santíssimo Sacramento.
Sexta-feira Santa: Is 52,13-53,12; Hb 4,14-16; 5,7-9; Jo 18,1-19,42
Hoje não é um dia de luto e de pranto, mas um dia em que devemos observar a oferta amorosa de Jesus na Cruz. Nem na sexta nem no sábado a Igreja celebra os sacramentos, excepto penitência e unção dos enfermos.
Sábado Santo, Vigília Pascal: Gn 1,1-2,2; Gn 22,1-18; Ex 14,15-15,1; Sal de Ex 15; Is 54,5-14; Is 55,1-11; Sal de Is 12,2-6; Bar 3,9-15.32-4,4; Ez 36,16-28; Rm 6,3-11; Mc 16,1-7
Na noite santa celebramos, como Igreja, a Vigília Pascal, que é a vigília das vigílias, e que tem três símbolos que iremos destacar: a água, o fogo e o canto novo: Aleluia
31/03/2024: Páscoa da Ressurreição do Senhor
Act 10,34.37-43; Col 3,1-4; Jo 20,1-9
O poder da ressurreição de Cristo
Hoje é o Domingo de Páscoa, o dia mais sagrado para os cristãos, pois celebramos a ressurreição de Jesus Cristo dos mortos, o evento central de nossa fé. A Páscoa é o cerne de nossa fé, pois nela encontramos a esperança da vida eterna e a vitória de Cristo sobre a morte e o pecado. As leituras deste dia nos convidam a reflectir sobre o poder da ressurreição e suas implicações em nossas vidas.
O Livro dos Actos dos Apóstolos, Pedro proclama a boa nova da ressurreição de Jesus a um público reunido. Ele testemunha como Jesus foi ungido por Deus com o Espírito Santo e poder, como realizou obras de bondade e como foi crucificado pelos pecados do mundo. No entanto, Deus O ressuscitou dos mortos, e as testemunhas oculares proclamam Sua ressurreição. Isso marca o início do anúncio da ressurreição de Jesus a todas as nações, não apenas aos judeus.
Na Carta aos Colossenses, São Paulo nos lembra que fomos ressuscitados com Cristo. Devemos buscar as coisas do alto e definir nossas mentes nas coisas celestiais. Nossa vida está escondida com Cristo em Deus. Essa passagem nos lembra que a ressurreição de Cristo não é apenas um evento histórico, mas também uma realidade espiritual em nossas vidas. Devemos viver como pessoas que foram transformadas pela ressurreição, buscando a santidade e a vontade de Deus em tudo o que fazemos.
O Evangelho de João narra o encontro de Maria Madalena com o sepulcro vazio de Jesus. Ela corre para contar a Pedro e ao Discípulo Amado, que encontram o sepulcro vazio. Embora não entendam totalmente o que aconteceu, eles vêem as faixas de linho e o sudário, e o Discípulo Amado “viu e acreditou”. Isso nos lembra que a ressurreição de Jesus não foi um evento fabricado, mas uma realidade que testemunhas oculares experimentaram.
COMPROMISSO: A ressurreição de Jesus nos oferece esperança e vida eterna. Devemos proclamar com alegria a boa nova da ressurreição a todos ao nosso redor, assim como os apóstolos fizeram. Que a ressurreição de Jesus seja uma fonte de alegria e renovação em nossas vidas, e que possamos compartilhar essa alegria com o mundo.