Semana Santa – a Via Dolorosa que leva à via triunfante

“A Via Sacra é para nós uma escola de vida cristã. Jesus cai e se levanta novamente. Ele suporta a sua solidão. E perdoa… A Via Sacra é uma santa escola de vida”, recordou o cardeal eslovaco Ján Chryzostom Korec, citado pelo Vatican News, que faleceu em 24 de outubro 2015. “A Via Sacra de Jesus, foi a primeira, mas não foi a última, aditou ele. Mesmo a vida de cada um de nós, se for uma vida no seguimento de Cristo, é também um seguimento da sua Via Sacra. A Igreja não esqueceu a Via Sacra nem mesmo na sua liturgia. Os crentes retornam continuamente a ela com fé desde os séculos passados até hoje, do Coliseu Romano à capela mais pobre das nossas paróquias”.
Para os cristãos, a Semana Santa – também chamada de “Semana Maior” ou a “Grande Semana” – é a semana que precede a Páscoa da Ressurreição e conclui o tempo de Quaresma. Nestes dias, celebramos desde a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém até a sua paixão, morte e ressurreição.
O subsídio Cadernos do Concilio nos aponta, no fascículo de número 13, o destaque para a via-sacra como exercício de piedade com o qual os fiéis veneram a Paixão do Senhor, por ser uma das formas mais arraigadas e praticadas pelo Povo de Deus. A Via-Sacra, também chamada de Via-Crucis, nasceu para recordar o doloroso caminho percorrido por Jesus na sua vida terrena, desde o momento em que Ele e os seus discípulos, “depois de cantar o hino, saíram do monte das Oliveiras (Mc 14,26) até o momento em que o Senhor foi conduzido ao “lugar chamado Gólgota”(Mc 15,22), ali, no lugar do crânio, onde foi crucificado e depois sepultado em um sepulcro novo escavado na rocha(Mc 15, 46).