Catequista celebra a sua missão: Semana Nacional dos Catequistas 18-25 Agosto
O anúncio do Evangelho e o testemunho cristão são hoje desafiados por diversas transformações no contexto político, económico, social, cultural e religioso moçambicano, desafios que obrigam a repensar a missão da Igreja Católica para dar aos fiéis e às comunidades linhas claras de acção pastoral.
Tendo presente as orientações da IV Assembleia Nacional de Pastoral temos que focalizar a nossa atenção no primeiro tema do documento final: Ser igreja em saída, decididamente missionária, tendo em conta as orientações do Papa Francisco e lembrando também o seu convite à Igreja moçambicana de se tornar igreja missionária da visitação.
Os outros temas apresentados no documento final da Assembleia (diálogo entre o evangelho e a cultura, catequese e formação cristã, pastoral da família, pastoral juvenil, os movimentos eclesiais e novas comunidades, desafios das seitas e a resposta pastoral, cristão e o compromisso social em Moçambique, autossustentação da igreja local), devem também encontrar luzes na formação missionária dos catequistas.
Papa Francisco, que veio à Moçambique em 2019, convidou a nossa igreja a ser uma igreja em saída e igreja da visitação, igreja que testemunha o anúncio da Palavra de Deus com a sua vida. Este compromisso é para dar esperança sobretudo aos que se encontram marginalizados na sociedade e vivem momentos difíceis e até se sentem descartados. Não vamos esquecer que ser Testemunha de Esperança, é também o lema do próximo Jubileu.
O dia do catequista, que se realiza sempre no 4º Domingo de Agosto, este ano vai cair no dia 25, é também ocasião para celebrar o martírio do catequista Cipriano.
Para viver bem o dia do catequista e para aproveitar celebrar também a semana que o precede, aqui sugerimos algumas actividades a realizar.
1º – Actividades de caridade(o catequista é primariamente uma testemunha da caridade de Cristo);
2º – Retiro (seria bom que fosse feito no Domingo ou no sábado antes da festa do catequista);
3º – Leitura de mensagem do dia do catequista a nível paroquial(convidamos a ler esta mensagem na introdução das celebrações das comunidades e na paróquia, no dia 25 de Agosto).
4º – Realização de um concurso bíblico a ser feito dentro das condições no dia do catequista durante o recreio da tarde(as perguntas e respostas são de conteúdos bíblico extraídos do livrinho de 2023.
Aconselha-se que as paróquias ofereçam pequenos presentes aos que saírem bem-sucedidos neste concurso para servirem de recordação.
Outras propostas de algumas actividades a realizar
1. Limpeza das campas dos catequistas.
2. Visita aos catequistas idosos ou doentes que já não exercem o ministério do catequista;
3. Visita aos catecúmenos doentes ou aos que abandonaram o catecumenato.
4. Visita e diálogo com os jovens que eram catequistas e que deixaram o ministério por vários motivos ou por casamento. Isto serve para animá-los a dar passos na sua vida e comprometer-se no futuro a realizar o sacramento do matrimónio e voltarem a ser catequistas.
4. Visita e anúncio nas penitenciárias mais próximas, para encorajar os reclusos a confiar em Deus e a recomeçar o caminho de esperança.
5. Se se achar conveniente, pedir aos responsáveis da paróquia que os apoiem com uma oferta.
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Catequista Cipriano
Cipriano Parite, nascido em 1942 na aldeia de Vantithia, distrito de Nacala Velha. Filho de pais muçulmanos, foi enviado para a escola católica da missão de Mueria e, em 1957, foi batizado. Cipriano Parite conseguiu converter a sua família à fé católica e, quando regressou à aldeia-natal, tomou conta da comunidade local. No dia 29 de agosto de 1984 na comunidade de Matibane (Nacala) sofreu o martírio por causa da fé. «Cipriano era um catequista que sabia viver e anunciar o Evangelho tanto em tempos difíceis, como durante o período colonial, o tempo do marxismo-leninismo e o da guerra entre Frelimo e Renamo, como em época mais fáceis, como as da independência nacional. Que Cipriano, juntamente com tantos outros que deram a vida de uma forma semelhante, vítimas da guerra sangrenta e fratricida, interceda junto de Deus por esta nossa Igreja e por Moçambique. Interceda por todo o povo moçambicano , por todo o povo de Deus» (Dom Manuel Vieira Pinto, 1995)