Eleições 2024: candidato presidencial Daniel Chapo, FRELIMO, é o vencedor em Nampula
O candidato presidencial Daniel Chapo, FRELIMO, é o vencedor das eleições gerais de 09 de outubro em Nampula, com 504.786 votos, correspondentes a 59,58%, seguido de Venâncio Mondlane, apoiado pelo PODEMOS, com 216.826 votos (25,59%) – segundo o edital do apuramento dos resultados lido por Daniel Ramos, presidente da Comissão Provincial de Eleições de Nampula.
Em terceiro lugar ficou Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), principal partido da oposição), com 94.606 votos (11,97%), e por último Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceiro partido parlamentar), com 31.070 votos, correspondentes a 3,67%.
Legislativas
De acordo com a Comissão Provincial de Eleições, na votação para as legislativas, em que deverão ser escolhidos 250 deputados – dos quais 48 a eleger pelo círculo eleitoral de Nampula-, ocupam os quatro primeiros lugares a FRELIMO, com 466.542 votos (57,93%), Podemos, com 156.631 votos (19,04%), Renamo, com 106.649 votos (12,96%) e o MDM, com 31.342 (3,86%).
Nas assembleias provinciais – cujo cabeça-de-lista vencedor é eleito governador provincial, a FRELIMO também lidera, com 59,11% dos votos, seguido pelo Podemos, 18,89, Renamo, 14,21%, e MDM, 3,97%.
A votação na província de Nampula registou um nível de abstenção de cerca de 80%, tendo votado apenas 28,41% de um total de pouco mais de 3,2 milhões eleitores inscritos.
De acordo com a legislação eleitoral, até ao final de deve estar concluído o apuramento dos resultados provinciais, tendo o apuramento ao nível dos 154 distritos do país sido concluído no fim de semana.
PODEMOS já começou a impugnar os resultados parciais
O partido PODEMOS, que suportou a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane, já começou a impugnar os resultados parciais das eleições gerais do passado dia 9 de outubro em Moçambique.
O presidente do partido, Albino Forquilha, diz, em entrevista à DW, que os resultados estão a ser “adulterados”. Denuncia ainda que há uma intenção secreta de colocar o Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique em terceiro lugar, a seguir à Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), alegadamente para beneficiar o líder Ossufo Momade.
Entretanto, contactado por telefone pela DW sobre as acusações do PODEMOS, Paulo Cuinica, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, disse que o órgão ainda não reuniu para tratar deste assunto e prometeu reagir em tempo oportuno a estas alegações.
38 Ilícitos eleitorais e 37 detidos por crimes
A Polícia da República de Moçambique (PRM) registou 38 casos de ilícitos eleitorais durante as eleições gerais de quarta-feira no país, tendo sido detidos 37 indivíduos, anunciou hoje aquela força policial.
De acordo com fonte oficial do comando-geral da PRM, durante todo o período de campanha eleitoral, que decorreu de 24 de agosto a 06 de outubro, foram registados 60 ilícitos eleitorais, com a detenção de 39 indivíduos.
Acrescenta que o processo de votação, no dia 09 de outubro, e três dias depois em dois distritos da província da Zambézia, centro de Moçambique, “decorreu num ambiente de ordem e segurança públicas”.
FONTE: Deutsche Welle (DW)