Ano eleitoral africano: Moçambique destaque negativo

Relatório da Fundação Mo Ibrahim, destaca Moçambique, como um dos países da África com fragilidade do processo político que “exclui a vontade do povo”.
O relatório divulgado esta quinta-feira (19.12),destaca ainda de forma negativa a Tunísia durante o ano eleitoral africano.
O documento de acordo com a DW, “Análise do ano eleitoral de 2024 em África”, a fundação, criada em 2006 pelo empresário Mo Ibrahim e que não tem fins lucrativos, defende que as eleições de 09 de outubro, em que o partido Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) “prolongou o seu regime de 49 anos, foram recebidas com protestos mortais”.
Pelo menos 130 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de outubro, segundo balanço avançado, nesta semana, pela Plataforma Eleitoral Decide, que monitoriza os processos eleitorais em Moçambique, que aponta ainda 385 pessoas baleadas.

O candidato presidencial Venâncio Mondlane disse, na segunda-feira,que a proclamação dos resultados das eleições gerais pelo CC, previsivelmente em 23 de dezembro, vai determinar se Moçambique “avança para a paz ou para o caos”.
“Com a agitação e contestação que se seguiram à votação de outubro, o enfraquecimento da sociedade civil pode estar relacionado com a desconfiança no processo eleitoral”, sinaliza-se no relatório.