Educação independente

A educação diz respeito à produção de conhecimentos científicos e à formação de recursos humanos, pois é por meio da educação que podemos mudar uma sociedade. Grandes civilizações que marcaram a história do passado por exemplo, a chinesa, a grega, a latina, a egípcia, mostram que a educação pode mesmo mudar a vida das pessoas.
Educação após a Independência
Com a obtenção da independência em 1975, Moçambique se deparou com uma estrutura patrimonial do sistema colonial, tanto material, como humana, assim como, também, com uma educação que foi implementada nas zonas libertadas. Assim durante muitos anos, vários moçambicanos não frequentaram a escola por razões decorrentes do sistema colonial, baseado na discriminação. Por este motivo, depois da independência, houve a expansão das escolas que se deu através das iniciativas das populações e através das campanhas de alfabetização feitas no país (Uaciquete (2010).
A partir de 1974 até aos anos 80, através de vários seminários nacionais a organização da educação foi projectada com vista a criar uma sociedade nova e um ‘homem novo’ com a capacidade e mentalidade livre, capaz de ser independente da ajuda estrangeira, organizar uma nova nação, equiparada às nações modernas. Das várias medidas tomadas: todas as pessoas deveriam aprender e ensinar; tornar a escola um meio democrático.
“A educação deve dar-nos uma personalidade moçambicana, que sem subserviência alguma, assumindo a nossa realidade, saibamos, em contacto com o mundo exterior, assimilar criticamente as ideias e experiências de outros povos, transmitindo-lhes também o fruto da nossa reflexão e prática.” (Samora Machel, 1973 2ª Conferência da DEC)
Assim o Estado ficou responsável em expandir o acesso à educação para moçambicanos, e acabou com o funcionamento de ensino privado no país. As campanhas para alfabetização da população ajudaram bastante na redução da taxa de analfabetismo, em 1970, de 90% se reduziu para 70 %.
Em 1983 nasce o Sistema Nacional da Educação (SNE) ao nível do país, que foi aprovado pela Assembleia Nacional Popular. A área da educação teria uma estrutura de cinco subsistemas de acordo com as normas do Sistema Nacional da Educação, que são: Educação geral, Educação de adultos, Educação técnico-profissional, Formação de professores, Educação superior.
O SNE lutava contra a discriminação e exigia a garantia de acesso à formação sem considerar a cor da pele, sexo, religião ou raça, e nem posição social; exigia também a existência da igualdade de oportunidades para toda a população Moçambicana.
Desafios atuais
O sector da educação nos últimos anos, apesar de ter tido muitos avanços, ainda enfrenta vários problemas, como a baixa taxa de escolaridade e conclusão no ensino secundário e superior, a desigualdade de género, as deficiências nas infra-estruturas, a baixa qualidade de ensino primário.
Ainda há pouco acesso ao ensino secundário e não existe um acompanhamento básico para o ensino primário, onde vários estudantes, ao terminarem o ensino básico, não têm meios nem condições necessárias para dar continuidade a seus estudos. Entre muitas razões, que levaram à baixa qualidade do ensino em Moçambique destacamos:
Alto rácio entre alunos e professores na turma (superlotação);
Pouca motivação e formação pedagógica dos professores;