RD Congo – Combate entre M23 e militares em Goma

As forças do M23 estão a confrontar-se com grupos de resistência constituídas por soldados das Forças Armadas Congolesas (FARDC) e por milicianos Wazalando, pró-governamentais. Mais quatro soldados sul-africanos da (SAMIDRC) perderam a vida nos confrontos, depois dos nove mortos nos últimos dois dias. Os confrontos concentram-se na zona do aeroporto, que terá sido tomada pelo M23.
A situação na cidade continua caótica, com combates, cortes de eletricidade e de comunicações, roubos e fuga de residentes. O Programa Alimentar Mundial (PAM) manifestou a sua preocupação com a suspensão da distribuição de ajuda humanitária na zona, o que poderá provocar uma grave escassez de alimentos nas próximas 24 horas.
Numa mensagem publicada ontem, 27 de janeiro, o bispo de Goma, Willy Ngumbi Ngengele, referiu que entre os alvos atingidos pelos bombardeamentos estavam a ala de neonatologia da Maternidade General Charité, que “provocou a morte de recém-nascidos” e “o edifício da procuradoria diocesana, que provocou a destruição das janelas do edifício recentemente inaugurado”. “ Lamento a pilhagem de algumas empresas e armazéns pela população e, por vezes, pelos militares. Este facto agrava ainda mais a já lamentável situação humanitária”, escreve o Bispo de Goma.
“Apelo a todas as partes envolvidas no conflito armado e à população para que mostrem um respeito absoluto pela vida humana e pelas infra-estruturas públicas e privadas, que devem ser preservadas por todos e em todas as circunstâncias, em virtude da dignidade humana e do direito internacional”, continua o bispo Ngumbi Ngengele. O bispo conclui exortando “o clero e os consagrados, bem como os fiéis e todas as pessoas de boa vontade, a prestarem toda a ajuda necessária a quem quer que seja que esteja em necessidade”.
Entretanto, em Kinshasa, há manifestações de protesto contra “a invasão do leste da RDC pelo Ruanda”. (Vatican News)