Crónica: E tu Moçambique?

Por: Giovanni Muacua
Desde a criação do mundo, uma verdadeira democracia é um sistema político em que o poder reside no povo. Poder que o povo o exerce de forma directa ou indirecta por meio de mecanismos participativos, representativos e inclusivos baseados em princípios fundamentais que garantem a liberdade, a igualdade e a justiça para todos os cidadãos.
E uma verdadeira democracia, enquanto poder do povo, exige elementos indispensáveis; elementos sem os quais falar da democracia seria o mesmo que entrar num quarto escuro à procura de um gato preto que não estão lá.
Entre tais elementos indispensáveis numa verdadeira democracia seguem-se:
Participação Popular: todos os cidadãos gozam do direito de oportunidades de participar activamente nos processos de tomada de decisão, seja por meio de votos em eleições livres e justas, seja por outras formas de engajamento político.
E tu, Moçambique, já foste país de participação popular?
Estado de Direito: Estado em que as leis são aplicadas a todos, independentemente de classe, raça, género ou posição política. País em que os governantes e instituições estão subordinados à lei, e o sistema judicial é independente e imparcial.
E tu, Moçambique, com tantos chefes cometendo erros propositadamente, pisando a lei, mas sempre impunes, és Estado de direito?
Separação dos Poderes: Estado em que existe divisão funcional do poder em Executivo, Legislativo e Judicial, com independência e equilíbrio para evitar abusos.
E tu, Moçambique, é possível que sejas verdadeiramente país democrático enquanto ascendem e exercem funções nos três poderes farinhas do mesmo saco?
Direitos e Garantias Fundamentais: num país com direitos e garantias fundamentais existe respeito aos direitos humanos, como a liberdade de expressão, direito à vida, igualdade e liberdade de crença.
E tu, Moçambique, te atreves a falar da liberdade de expressão quando quem abre a boca é silenciado?
Pluralismo Político: é a existência de diversas ideologias e partidos políticos, com garantia de representatividade das diferentes visões da sociedade.
E tu, Moçambique, que nos dizes do pluralismo político?
Eleições Livres e Periódicas: é a escolha de representantes por meio de eleições transparentes, justas e regulares, com sufrágio universal.
E tu, Moçambique, já tiveste, alguma vez, eleições justas e transparentes? Eleições regulares sim, mas que tenham sido justas e transparentes talvez duvidamos um pouco.
Soberania Popular: o poder emana do povo, que o exerce directamente ou por meio de representantes eleitos.
E tu, Moçambique, terias a coragem de nos enganar que respeitas a soberania popular?
Liberdade de Imprensa e Informação: é a garantia de acesso à informação e liberdade de comunicação como forma de fiscalizar e questionar o poder público.
E tu, Moçambique, liberdade de imprensa e informação, terias a coragem de nos arrolar com esta mentira?
Respeito às Minorias: é o respeito de direitos das minorias, evitando a tirania da maioria e promovendo inclusão e diversidade.
E tu, Moçambique, de que direitos e promoção de minorias falas quando ainda continua a falta de chances de emprego; quando ainda as oportunidades continuam cerradas para os pobres e reservadas apenas aos filhos dos chefes e lambe-botas? Ao menos um pouco de vergonha. Ouviram?
Quem tem ouvidos, ouça!
Box
Caritas Nacala
Sopa fria de tomate
Ingredientes: tomate, pimento verde, pepino, 2 dentes de alho, pão seco (se quiser), 1 copo de óleo, 1 copo de água, sal ao gosto, 1 copo de vinagre.
Preparação: Lave e corte em pedaços pequenos o pimento, o pepino, o alho, o tomate e o pão. Bater todos os ingredientes numa bacia até ficar com a textura de creme. A seguir, com um coador, esprema a mistura, até acabar com as peles e sementes, e obter um molho concentrado e homogéneo. Por último deixe arrefecer.
Como consumir: Deve-se consumir frio.
Benefícios: Entre outros benefícios, o tomate ajuda a controlar o colesterol e é muito bom para prevenir nos homens os problemas de próstata.