Cresce o Número de Católicos no Mundo, mas Igreja Enfrenta Queda de Sacerdotes e Vocacionados

O crescimento da população católica variou entre os continentes, com a África registrando o maior aumento percentual. A América continua sendo o continente com a maior concentração de católicos, representando 47,8% do total mundial, enquanto a Europa teve um crescimento modesto de apenas 0,2%. Na Ásia, as Filipinas e a Índia se destacam, reunindo a maior parte dos católicos do continente. A Oceania, embora tenha uma pequena participação global, também apresentou crescimento.

O número de bispos aumentou globalmente, passando de 5.353 em 2022 para 5.430 em 2023, com crescimento mais expressivo na África e na Ásia. Apesar disso, a quantidade de padres diminuiu no mundo, com quedas na Europa, Oceania e América. Enquanto a África e a Ásia tiveram aumentos no número de sacerdotes, a América Latina conseguiu manter certa estabilidade no clero diocesano.

O grupo de diáconos permanentes foi o que mais cresceu entre os clérigos, chegando a 51.433 em 2023, com destaque para a América do Norte e a Oceania. No entanto, a distribuição dos diáconos pelo mundo ainda é desigual, com uma presença muito menor na África e na Ásia. Esse grupo tem assumido um papel importante para suprir a falta de padres em algumas regiões.

O número de religiosos professos não sacerdotes e de religiosas professas continua diminuindo, especialmente na Europa e na América do Norte, devido ao envelhecimento da população religiosa e ao baixo ingresso de novos membros. Em contrapartida, a África e partes da Ásia apresentaram crescimento nesse grupo. Apesar da queda global, as religiosas ainda desempenham um papel fundamental na Igreja, substituindo sacerdotes em diversas funções pastorais.

As vocações sacerdotais seguem em declínio desde 2012, refletindo a dificuldade em atrair novos seminaristas, especialmente na Europa e na América. Apenas a África registrou um aumento no número de candidatos ao sacerdócio, reforçando sua tendência de crescimento autônomo na formação de clérigos. A escassez de vocações na América e na Europa pode comprometer a reposição de sacerdotes e a continuidade de serviços pastorais nessas regiões.