
A FAMÍLIA – TESOURO DA HUMANIDADE
É inconcebível construir laços humanos sem o alicerce que é a família. Se é verdade que a família se forma por laços de sangue, é igualmente indiscutível que pelos laços de religião, de trabalho e de convivência formamos famílias bem consolidadas e alargadas.
Entretanto, este tesouro atravessa, nos dias que correm, várias adversidades. É face a isso que a sua amiga, caro leitor, dedica especial atenção nesta edição ao tema sobre a família.
Todos nós devemos ter consciência que a família é imagem de Deus do qual tem sua origem, seu modelo perfeito, motivação e fim último na comunhão de amor das três Pessoas, a Trindade.
A família foi sempre considerada como a primeira e fundamental expressão da natureza social do homem. Por isso mesmo, a família é o lugar e ao mesmo tempo o instrumento mais eficaz de humanização e de personificação da sociedade.
Como postulado desde sempre, a principal estrutura básica de apoio e formação humana é a unidade familiar, na qual cada um encontra o espaço adequado para sua afirmação. A família é o primeiro ambiente em que as crianças terão a possibilidade de aprender as qualidades necessárias para uma vida ética. Portanto, a família é o locus ideal para o exercício da generosidade: os adultos a colocarão em prática por meio da entrega mútua exigida pelo casamento e pelo desprendimento exigido com a chegada dos filhos; as crianças poderão se espelhar nos pais, dar sua colaboração para que o lar seja sempre um ambiente saudável e, se tiverem irmãos, aprenderão desde a mais tenra idade a importância de dividir o que têm.
Lamentavelmente, a atualidade cultiva famílias despersonificadas, desumanas e desumanizantes. Crescimento, mundialmente, a onda de violência de forma assustadora, à miséria, a fome, as drogas, violação sexual de menores e tantas outras tempestades que ferem a essência da família.
A família, hoje, é horrivelmente ameaçada pelo medo e mentalidade antinatalista. Os filhos são vistos como fonte de gasto financeiro e de desgaste físico e emocional. Vive-se a mentalidade de “descompromisso”, prazer sem compromisso, onde as relações sexuais acontecem como desporto existencial.
Entretanto, os laços que se constroem numa família não são laços quaisquer. As agressões à família e as cometidas dentro dela são males que precisam ser combatidos sem descanso por todos. Devemos, de forma individual e conjunta, lutar por uma sociedade que seja escola das virtudes sociais e que seja comunidade de amor.