
Apertar o cinto mais uma vez!
Desde o começo do conflito entre a Rússia e a Ucrânia que está a produzir localmente horrores, tragédias humanas, mortes, refugiados e destruições, e no resto do planeta influencia negativamente a economia mundial, parece que nada o consegue travar. No fim quem será o vencedor do cúmulo de escombros a que está reduzida a nação invadida?
Moçambique não faz excepção nenhuma frente a esta realidade.
De facto, desde o mês de Maio com a subida do preço dos combustíveis e dos géneros alimentícios em geral e do pão em particular, o País foi chamado mais uma vez a APERTAR O CINTO!
“Eu comprava sete a oito quilos de açúcar para revender, mas hoje só comprei cinco, costumava comprar cinco dúzias de ovos, mas hoje só comprei quatro”, diz-nos uma vendedora no mercado do Zimpeto. “ Eu chegava ao fim do mês com vales para pagar de 1500 meticais, mas agora estão a ultrapassar os 2.500 sem que se tenham mudadas as necessidades familiares, pelo contrário, tivemos que cortar muitas coisas por exemplo a compra diária do pão”, palavras de Carlos empregado doméstico. E assim vai a vida de muitas famílias moçambicanas.
O que fazer para ultrapassar o aumento do custo de vida e do pão?
O ministro da Indústria e Comércio sugeriu que os moçambicanos substituam o pão por outros produtos, entre os quais mandioca e batata-doce. Além do pão, apontou: “Temos a mandioca, a batata-doce e outros produtos. Temos de incentivar as pessoas a fazerem uso destes produtos nacionais”. Porém o senhor Ministro talvez não se recordou que um 60% dos moçambicanos vive em áreas rurais onde mandioca e batata-doce são o “pão” de cada dia, em quanto que o pão de trigo é um luxo!
O problema é para o 40% dos moçambicanos que vive nas cidades. O economista Elcídio Bachita considera que a batata-doce e a mandioca são produtos de luxo para as zonas urbanas. Por isso mesmo, o preço não pode ser comparado ao do pão. “Um molho de batata-doce ou mandioca que custa cerca de 60 ou 50 meticais não é capaz de alimentar um agregado familiar de seis a sete pessoas, mas o pão de 50 ou 60 meticais pode alimentar aproximadamente oito elementos”.
Elcídio Bachita lembra ainda que a mandioca e a batata-doce são alimentos sazonais, que podem desaparecer dos mercados. “A nossa agricultura é rudimentar, é de subsistência, e não é capaz de produzir batata-doce e mandioca em grandes quantidades para fazer face às pressões inflacionárias que se estão a registar ao preço do pão”, lembra.
Enfim, o Governo só tem uma alternativa para minimizar o aumento do preço do pão; segundo Elcídio Bachita: “através da eliminação ou isenção de importação da farinha de trigo. Isto permitiria que as panificadoras continuassem a produzir o pão sem nenhuma restrição.”
Oxalá que alguém providencie a sanar esta situação porque continuar a apertar o cinto não vai garantir nenhum futuro!
Desde o começo do conflito entre a Rússia e a Ucrânia que está a produzir localmente horrores, tragédias humanas, mortes, refugiados e destruições, e no resto do planeta influencia negativamente a economia mundial, parece que nada o consegue travar. No fim quem será o vencedor do cúmulo de escombros a que está reduzida a nação invadida?
Moçambique não faz excepção nenhuma frente a esta realidade.
De facto, desde o mês de Maio com a subida do preço dos combustíveis e dos géneros alimentícios em geral e do pão em particular, o País foi chamado mais uma vez a APERTAR O CINTO!
“Eu comprava sete a oito quilos de açúcar para revender, mas hoje só comprei cinco, costumava comprar cinco dúzias de ovos, mas hoje só comprei quatro”, diz-nos uma vendedora no mercado do Zimpeto. “ Eu chegava ao fim do mês com vales para pagar de 1500 meticais, mas agora estão a ultrapassar os 2.500 sem que se tenham mudadas as necessidades familiares, pelo contrário, tivemos que cortar muitas coisas por exemplo a compra diária do pão”, palavras de Carlos empregado doméstico. E assim vai a vida de muitas famílias moçambicanas.
O que fazer para ultrapassar o aumento do custo de vida e do pão?
O ministro da Indústria e Comércio sugeriu que os moçambicanos substituam o pão por outros produtos, entre os quais mandioca e batata-doce. Além do pão, apontou: “Temos a mandioca, a batata-doce e outros produtos. Temos de incentivar as pessoas a fazerem uso destes produtos nacionais”. Porém o senhor Ministro talvez não se recordou que um 60% dos moçambicanos vive em áreas rurais onde mandioca e batata-doce são o “pão” de cada dia, em quanto que o pão de trigo é um luxo!
O problema é para o 40% dos moçambicanos que vive nas cidades. O economista Elcídio Bachita considera que a batata-doce e a mandioca são produtos de luxo para as zonas urbanas. Por isso mesmo, o preço não pode ser comparado ao do pão. “Um molho de batata-doce ou mandioca que custa cerca de 60 ou 50 meticais não é capaz de alimentar um agregado familiar de seis a sete pessoas, mas o pão de 50 ou 60 meticais pode alimentar aproximadamente oito elementos”.
Elcídio Bachita lembra ainda que a mandioca e a batata-doce são alimentos sazonais, que podem desaparecer dos mercados. “A nossa agricultura é rudimentar, é de subsistência, e não é capaz de produzir batata-doce e mandioca em grandes quantidades para fazer face às pressões inflacionárias que se estão a registar ao preço do pão”, lembra.
Enfim, o Governo só tem uma alternativa para minimizar o aumento do preço do pão; segundo Elcídio Bachita: “através da eliminação ou isenção de importação da farinha de trigo. Isto permitiria que as panificadoras continuassem a produzir o pão sem nenhuma restrição.”
Oxalá que alguém providencie a sanar esta situação porque continuar a apertar o cinto não vai garantir nenhum futuro!