
Distanciamento social e vizinhança económica solidária para vencer o Vírus!
Moçambique é uma terra abençoada mas deve enfrentar duas ameaças. Por um lado, crescendo a onda de descobertas e redescobertas de recursos minerais em diversas províncias, deveria ter um maior benefício económico destas descobertas, um maior desenvolvimento do território onde existem estas riquezas do subsolo. É a ameaça do neo-liberalismo económico que ataca e explora sem meias medidas.
De facto, quem se beneficia destas riquezas naturais? Será a maioria da população? Quem do povo simples (os eternos excluídos) sabe das quantidades e volumes desses jazigos naturais? Mas não é o caso de dizer que somos “os condenados da terra” como escrevia o filoso Frantz Fanon.
Os Bispos de Moçambique em 2017 escreveram: “A terra em Moçambique está em agonia profunda! De todos os países africanos, o nosso país é um dos mais cobiçados pelas empresas e países estrangeiros nestes últimos anos. Não podemos aceitar um modelo de desenvolvimento que privilegia o lucro individual em detrimento da dignidade do ser humano e dos direitos das comunidades. Não devemos aceitar uma sociedade cuja economia está centrada na idolatria do dinheiro”. (Carta Pastoral).
Pobres no meio das riquezas!
Por outro lado, hoje Moçambique enfrenta também a ameaça, como todos países do mundo, da pandemia do Coronavírus (covid-19). Esta ameaça revelou a fragilidade de muitos países do mundo, quer do ponto de vista sanitário, quer do ponto de vista económico em resposta a esta trágica ameaça.
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