
o “sempre foi feito assim”, não funciona!
Chegamos ao final de 2021, o segundo da pandemia no qual, entre outras desgraças, deixou que as capelas ficassem por quase 6 meses encerradas por decreto presidencial. Foi um grande desafio e não sabemos se quando chegar a ler este texto, estaremos de novo em quarentena! Oxalá que assim não seja: precisamos de sentir o calor, o apoio e o sustento da comunidade!
Nós não somos simplesmente indivíduos separados uns dos outros, somos povo, somos família e, família de Deus manifestada na comunidade. De facto, é na comunidade que encontramos a força de nos comprometer, como sempre nos convida Papa Francisco, cada vez mais para uma ecologia integral que inclui justiça, bem-estar, saúde, educação e paz para todos. Ele insiste muito sobre este compromisso: “não há ecologia sem uma antropologia adequada… Sem uma verdadeira ecologia integral teremos um novo desequilíbrio, que não só deixará de resolver problemas, mas acrescentará novos” (Laudato si’, 118).
Para concretamente nos comprometermos e cumprirmos com as indicações do Papa Francisco temos que ser instrumentos de encontro e de diálogo entre a nossa cultura e a nossa sociedade com o Evangelho, assim como aconteceu com o mistério da Encarnação quando o “Verbo de Deus” se fez carne (Jo 1,14).
Então, para nos deixarmos transportar e conduzir pela ousadia própria do Evangelho, é requerida: “uma atitude de abertura, criatividade, ofertas de treinamento mais amplas, mas também sacrifício, compromisso, transparência e rectidão nas escolhas, principalmente neste momento difícil. Nós abandonamos definitivamente que “sempre foi feito assim” – é suicida, isso, “sempre foi feito assim” -, que não dá credibilidade porque gera superficialidade e respostas válidas apenas na aparência (Ev. G. 33). Em vez disso, somos chamados a um trabalho qualificado, que exige de todos generosidade e gratuidade para responder a um contexto cultural cujos desafios aguardam a concretude, precisão e capacidade de comparação” (Papa Francisco discurso na Universidade Lateranense 7/10/2021).
Portanto, nesta hora somos chamados a levantar a cabeça (convite do tempo do Advento), para fazer memória, para trabalhar juntos, redescobrindo as nossas raízes e temperando tudo com a esperança. Nesta maneira poderemos enfrentar o 2022 com serenidade apesar dos imprevistos e das constantes tragédias tais como guerras, terrorismos, povos deslocados, refugiados, sequestros e exploração dos seres mais frágeis, que continuam a surgir dentro do País e pelo mundo fora.
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