Desde a sua criação em tempos coloniais, passando pelos diversos estádios da luta pela independência e agora com o rápido crescimento económico, a Vida Nova tem sempre mantido claramente a sua razão de existir, isto é, ser uma revista que forme e informe sobre temas de interesse sociopolítico e religioso à sociedade moçambicana e principalmente às lideranças cristãs com o objetivo de fomentar uma cultura da paz e justiça à luz da Doutrina Social da Igreja.
A “Amiga Vida Nova”, como conhecida em ambientes populares e eclesiais, tem-se tornado, para gerações inteiras em Moçambique, em “voz dos sem voz” e em “Bíblia e jornal” dos que não têm acesso a outros meios de comunicação.
Hoje, no difícil contexto sócio-político atual em Moçambique,torna-se imperioso para a Vida Nova contribuir e fornecer estímulos e pistas de reflexão para as comunidades cristãs, e para a sociedade em geral, para ajudar na construção duma cidadania baseada na busca da Justiça e da Paz. Cabe remarcar que em muitos distritos e para um sem-número de pessoas, a Vida Nova é o único instrumento educativo que chega nas mãos de adultos, jovens e crianças. Por exemplo, ela é utilizada em muitas escolas de alfabetização comunitárias, de formação de lideranças, em lares de rapazes e meninas, em seminários e casas de formação, e até em algumas escolas do governo.
A Vida Nova, além de contribuir no anúncio e difusão de informações de interesse público, também contribui na denúncia de injustiças lá onde nenhum outro meio de comunicação tem acesso. Desde esta perspectiva, pode-se dizer que, de certa maneira, cada assinante é um correspondente da revista, de facto, muitos leitores aproveitam o espaço da “Caixa Postal 564” e “A voz do Povo” para opinar e dar a conhecer irregularidades, abusos e casos de corrupção nos seus distritos e postos administrativos. São muitos os episódios de resolução de conflitos que, graças à Vida Nova, têm vindo a encontrar soluções mais justas.